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A jurisprudência atual sobre a cessão de crédito judicial

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    Redação
  • 20 de jun. de 2024
  • 5 min de leitura

Atualizado: 16 de jul. de 2024


A jurisprudência atual sobre a cessão de crédito judicial

A jurisprudência atual sobre a cessão de crédito judicial: implicações para a advocacia

Nos últimos anos, a cessão de crédito judicial (ou venda de crédito) tem se tornado uma prática cada vez mais relevante e comum no cenário jurídico brasileiro. Especialmente em um contexto onde a morosidade do sistema judiciário muitas vezes impede que os credores recebam seus créditos em tempo hábil. 

Isso também reflete uma mudança na percepção dos próprios credores, que passam a enxergar a venda de créditos judiciais como uma ferramenta legítima e vantajosa para a gestão dos seus ativos. Além disso, decisões judiciais recentes têm conferido maior segurança jurídica a essas operações, consolidando sua aceitação e regulamentação no ordenamento jurídico nacional.


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Neste artigo, vamos analisar:

  • As tendências recentes na jurisprudência que influenciam a venda de créditos judiciais

  • As implicações dessa prática para a advocacia 

  • Um panorama das principais decisões que vêm moldando esse cenário

Acompanhe a gente aqui e descubra como a venda de créditos judiciais pode se tornar uma prática estratégica e segura para advogados e seus clientes.

Boa leitura!


Um panorama da jurisprudência sobre a cessão de crédito judicial

A venda de créditos tem ganhado crescente atenção dos tribunais brasileiros. Nos últimos anos, diversas decisões importantes têm ajudado a moldar o entendimento e a segurança jurídica dessa prática. 

A seguir, destacamos algumas das decisões mais significativas.


Tema 993 do Superior Tribunal de Justiça

O STJ consolidou um entendimento fundamental sobre a venda de créditos judiciais com o Tema 993. 

Essa decisão reafirmou a legitimidade da cessão de créditos, inclusive em processos onde a sentença já foi proferida, mas ainda não transitou em julgado. Isso eliminou dúvidas sobre a possibilidade de cessão de créditos judiciais em diferentes estágios processuais, fortalecendo a confiança dos credores e dos cessionários na segurança jurídica da operação.


Decisão do STF sobre Precatórios

O STF tem proferido decisões relevantes sobre a cessão de créditos decorrentes de precatórios. Em diversos julgados, o tribunal reconheceu a validade dessas cessões, destacando que elas contribuem para a liquidez dos credores, sem prejudicar os direitos do devedor

Essas decisões são significativas por tratar de precatórios, que tradicionalmente são vistos como ativos de difícil liquidação.


Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP)

O TJSP tem reiterado a validade das cessões de créditos judiciais, enfatizando a necessidade de que a cessão seja comunicada ao devedor e ao juízo competente. 

Em vários casos, o tribunal validou cessões de créditos trabalhistas, destacando que a comunicação tempestiva ao juízo garante a transparência e a legalidade da operação, prevenindo possíveis fraudes e litígios futuros.


Mais sobre o Tema 993 do STJ

O Tema 993 do STJ surgiu a partir da necessidade de uniformizar o entendimento sobre a cessão de créditos judiciais. A questão submetida a julgamento foi a seguinte: "É válida a cessão de crédito decorrente de decisão judicial pendente de recurso extraordinário ou especial?"

O STJ, ao julgar o tema, concluiu então que a cessão de créditos judiciais é válida mesmo que a decisão judicial ainda esteja pendente de recurso extraordinário ou especial. Isso significa que, mesmo quando a sentença não transitou em julgado, o titular do crédito pode ceder seus direitos a terceiros, desde que cumpra os requisitos legais pertinentes, como a comunicação ao devedor e ao juízo competente.

Vamos aos fundamentos da decisão:


1. Princípio da Autonomia Privada

A decisão do STJ reforça o princípio da autonomia privada, permitindo que as partes livremente celebrem contratos de cessão de créditos. 

Essa liberdade contratual é um pilar fundamental do direito civil e, no contexto da cessão de créditos judiciais, garante que os titulares dos créditos possam buscar liquidez imediata sem esperar pelo desfecho final dos recursos.


2. Segurança jurídica

O reconhecimento da validade das cessões de créditos judiciais pendentes de recurso contribui significativamente para a segurança jurídica. 

Os cessionários, ao adquirirem esses créditos, têm a garantia de que suas aquisições são legítimas e protegidas pela lei.


3. Eficiência na satisfação dos créditos

A decisão do STJ também promove a eficiência na satisfação dos créditos. Ao permitir a cessão de créditos judiciais, o tribunal facilita a obtenção de liquidez pelos credores originais, que podem utilizar os recursos obtidos para outras finalidades, enquanto os cessionários assumem a posição de credores nos processos judiciais.


Implicações para a prática da advocacia

Maior flexibilidade na gestão de ativos judiciais

Para os advogados, o Tema 993 do STJ proporciona maior flexibilidade na gestão de ativos judiciais dos clientes. Advogados podem aconselhar seus clientes sobre a cessão de créditos como uma estratégia viável para obter liquidez rápida, especialmente em casos onde os recursos podem demorar anos para serem resolvidos.


Novas oportunidades para advogados

Advogados podem atuar como intermediários na cessão de créditos judiciais, facilitando negociações, realizando a devida diligência e garantindo que todas as formalidades legais sejam cumpridas.


Redução de litígios e disputas

Com uma jurisprudência consolidada, as partes envolvidas têm maior segurança jurídica, o que diminui a possibilidade de contestações judiciais sobre a legitimidade dessas operações.


Principais Argumentos Jurídicos a Favor da Venda de Créditos Judiciais

A venda de créditos judiciais é respaldada por diversos argumentos jurídicos que têm sido amplamente aceitos pelos tribunais brasileiros. Esses argumentos fundamentam a legitimidade e a validade das operações de cessão de créditos judiciais, proporcionando segurança jurídica tanto para os cedentes quanto para os cessionários. A seguir, destacamos os principais argumentos legais que sustentam essa prática e como eles são utilizados nas decisões judiciais.


Em suma: argumentos legais a favor da cessão de crédito judicial


Autonomia privada e liberdade contratual

O princípio da autonomia privada, consagrado no direito civil brasileiro, garante que as partes podem livremente contratar e dispor de seus direitos, desde que respeitem os limites legais. 

A cessão de créditos judiciais é uma manifestação dessa liberdade contratual. Esse princípio é frequentemente citado em decisões judiciais que validam a cessão de créditos, reforçando que as partes têm o direito de negociar esses ativos como qualquer outro bem.


Artigos 286 a 298 do Código Civil Brasileiro

O Código Civil Brasileiro, nos artigos 286 a 298, disciplina a cessão de créditos. 

Esses dispositivos legais estabelecem que o credor pode ceder seu crédito, total ou parcialmente, salvo disposição legal em contrário ou convenção com o devedor. A legislação também prevê que a cessão deve ser comunicada ao devedor para que produza efeitos. 

Esses artigos são a base legal que fundamenta a validade das operações de cessão de créditos judiciais.


Segurança jurídica e eficiência econômica

A venda de créditos judiciais promove a segurança jurídica ao conferir clareza e previsibilidade às operações de cessão de créditos. 

Além disso, essa prática melhora a eficiência econômica, permitindo que os credores originais obtenham liquidez imediata e os cessionários adquiram direitos de crédito com potencial de ganho. Os tribunais reconhecem que a cessão de créditos contribui para a circulação de riquezas e a dinamização do mercado jurídico, o que é benéfico para a economia como um todo.


Jurisprudência consolidada

A jurisprudência dos tribunais superiores, como o STJ e o STF, tem consolidado a aceitação e a regulamentação da cessão de créditos judiciais. Decisões como o Tema 993 do STJ validam a cessão de créditos mesmo quando a sentença ainda está pendente de recurso, conferindo maior segurança jurídica às partes envolvidas. 


Os argumentos jurídicos que respaldam a venda de créditos judiciais são sólidos e amplamente aceitos pelos tribunais brasileiros. 

A autonomia privada, a regulamentação prevista no Código Civil, a promoção da segurança jurídica e a eficiência econômica são fundamentos que garantem a legitimidade e a validade das operações. Ao utilizar esses argumentos, os tribunais têm consolidado uma jurisprudência favorável, proporcionando um ambiente seguro e previsível para a prática da venda de créditos judiciais. 

Para os advogados, compreender e aplicar esses argumentos é essencial para orientar seus clientes e assegurar o sucesso das operações de cessão de créditos.



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